ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL O ESTADO DO PARANÁ EM 15.08.2004
GENTILEZA EM ALTA
Alan Schlup Sant’Anna
Ser gentil sempre foi importante, mas talvez nunca tenha sido tão importante como hoje.
Em um mundo em que o estresse parece seqüestrar a saúde e felicidade das pessoas um “bom dia!”, um sorriso ou um aperto de mão podem fazer muita diferença.
As habilidades interpessoais estão em alta e as empresas têm considerado pesadamente em seus processos de seleção as características comportamentais dos candidatos a uma vaga. Não basta ser tecnicamente competente, é preciso ser capaz de interagir construtivamente com uma equipe de trabalho, com clientes, fornecedores e assim por diante.
Peter Drucker escreveu: “As pessoas são contratadas por competência técnica, e são demitidas por incompetência emocional.”
As desculpas são variadas. Alguns alegam pressa e afirmam não ter tempo para gentilezas, outros se dizem francos ou sinceros e há ainda os que dizem que não são grosseiros, mas rigorosos.
Desculpas à parte, todos sabemos a diferença entre sinceridade e grosseria ou entre rigor e grosseria. A verdade é que sempre é possível ser educado e gentil, mesmo em situações de conflito.
Ao ser gentil com alguém você está alterando o estado emocional desta pessoa, elevando a sua autoestima e produzindo equilíbrio.
E se eu estiver de mau humor? – alguns perguntariam.
Finja que está bem! Ao fingir que está bem, você interfere no seu padrão emocional e passa a se sentir melhor. Este é um dos princípios que rege a comunicação entre corpo e cérebro. Ao plantar um sorriso no rosto, erguer a cabeça e ser agradável com as pessoas, seu cérebro recebe um recado: “Ora, este sujeito se comporta com se estivesse bem, então eu devo alterar a minha programação mental para: estar bem.”
E se as pessoas forem grosseiras comigo? – é outra pergunta freqüente.
Defenda-se, e com vigor, se necessário, mas, mantenha-se respeitoso e educado e lembre-se que o exemplo transforma.
Não é difícil ser gentil. Vamos a algumas idéias:
1. Ouça ! Este é o primeiro passo. Há uma crise de atenção. As pessoas não dão atenção aos outros porque não recebem atenção, e a coisa toda vira um círculo vicioso. Em alguns momentos você vai ter que “cortar” a conversa de alguém, mas isto pode ser feito com elegância e gentileza.
2. Sorria ! Esta simples atitude mexe com o seu cérebro e com os cérebros das pessoas à sua volta. Não fomos projetados para nos sentir mal quando estamos sorrindo e automaticamente a programação mental é alterada.
3. Cumprimente as pessoas e use o nome delas. O nome da pessoa é como música para ela.
4. Peça desculpas sempre que achar que errou e o mais rápido possível.
5. Não seja “folgado” e peça autorização das pessoas para usar alguma coisa ou um espaço que pertença a ela.
Existe muito mais do que isto no universo das relações humanas, mas estas cinco idéias já podem fazer muita diferença. Amigo leitor, felicidades e sucesso em suas relações!
Alan Sant’Anna é escritor, palestrante e consultor, autor dos livros: DISCIPLINA O CAMINHO DA VITÓRIA, TEMPO E SUCESSO e EQUILÍBRIO PARA UMA VIDA MELHOR. [email protected]